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18 de nov. de 2011

salpingite











vamos falar de salpingite,seus sintomas e diagnostico






A salpingite ocorre em mulheres jovens, ß 35 anos, sexualmente ativas, sendo o resultado de uma infecção transmitida por microrganismos, comumente pela relação sexual, menos freqüentemente pelo parto (febre puerperal) ou aborto. As pacientes com DIU são especialmente vulneráveis, porque os filamentos transcervicais ajudam no transporte dos agentes patogênicos. A salpingite raramente ocorre antes da menarca, após a menopausa ou durante a gravidez. A infecção pode ser devido a um só microrganismo ou ser polimicrobiana. A clamidia e o gonococo são as principais causas de DIP; mas vários outros organismos aeróbios e anaeróbios podem estar presentes. A C. trachomatis pode acometer o trato genital inferior ou superior; freqüentemente as infecções do trato genital superior têm início benigno e parecem bastante leves. A clamidia pode permanecer na mucosa tubária durante meses antes que apareçam sintomas de doença aguda.

A N. gonorrhoeae provoca uma inflamação pélvica mais aguda e típica, com início rápido e desenvolvimento de dor pélvica logo após o início do período menstrual. A salpingite por actinomicose, esquistossomose, hanseníase, oxiuríase, sarcoidose e corpo estranho (meio de contraste Rx) têm sido descritas.

A infecção começa intravaginalmente na maioria dos casos. As glândulas endocervicais fornecem um ambiente satisfatório para os microrganismos como C. trachomatis e N. gonorrhoeae se multiplicarem antes de se disseminarem para cima, de modo a produzir endometrite superficial e endossalpingite. Embora os sintomas possam predominar em um lado, ambas as trompas estão provavelmente afetadas. A infecção tubária produz um corrimento profuso e leva a uma aglutinação das pregas mucosas, aderências e oclusão tubária. A peritonite por disseminação do exsudato para o peritônio pélvico é comum; os ovários tendem a resistir à infecção, mas podem ser invadidos.




Sintomas e Sinais

Salpingite aguda – O início é logo após as menstruações. Dor abdominal intensa no baixo ventre que Ý progressivamente, com defesa, rechaço e desconforto que Ý com a movimentação cervical são encontrados.

A não ser que esteja relacionada a um DIU, o envolvimento é bilateral. Podem ocorrer vômitos, os ruídos intestinais são normais no início, embora o íleo paralítico possa se desenvolver. Febre Ý , leucocitose e corrimento purulento abundante da cérvix estão associados com a DIP, mas febre ß , dor abdominal leve a moderada, sangramento irregular e leucorréia também podem ser sinal de doença.

A salpingite crônica pode se seguir a uma crise aguda com subseqüente formação de cicatrizes, aderências tubárias e pélvicas, dor crônica, irregularidades menstruais e possível infertilidade. Uma trompa obstruída pode se distender com líquido (hidrossalpinge). Na salpingite crônica intersticial, a trompa se encontra Ý devido à parede espessada. As crises de exacerbação podem ocorrer por microrganismos outros, que não os gonococos.

Os abscessos podem se desenvolver nas trompas, ovários ou pelve, durante o período agudo ou subagudo. No caso de ocorrer uma pequena perfuração, esta pode se fechar, mas ainda responde a ATBs; aqueles abscessos que não respondem, necessitam de remoção cirúrgica. Uma perfuração grande de um abscesso anexial representa uma emergência cirúrgica, rapidamente progredindo para o padrão característico de dor abdominal intensa no baixo ventre, peritonite generalizada, náusea, vômito e choque secundário à peritonite e endotoxemia. 

A piossalpinge, na qual uma ou ambas trompas uterinas se encontram cheias de pus, pode ser estéril, mas quase sempre está associada aos sintomas de inflamação. O ovário, caso envolvido, torna-se incorporado à massa inflamatória da trompa, produzindo um abscesso tubo-ovariano. A hidrossalpinge ocorre com uma terapia tardia ou incompleta, sendo o resultado do fechamento da extremidade fimbriada da trompa de falópio. Pode estar presente sem sintomas, por anos. Como resultado de destruição da mucosa e oclusão tubária, a infertilidade é uma seqüela comum da salpingite.




Diagnóstico

A Hx pode mostrar coito recente, inserção de DIU, parto ou aborto. A T e a leucometria podem se encontrar Ý . A VHS é Ý . No exame pélvico, o achado mais importante é que, movendo-se a cérvix ou palpando-se os anexos, produz-se dor intensa. A irritação peritoneal produz dor abdominal acentuada, bem como dor referida e dor ao rechaço (assim, uma palpação delicada é importante, caso uma massa pélvica deva ser identificada). As emergências cirúrgicas devem ser excluídas, especialmente a apendicite e gestação ectópica. As amostras para culturas e o Gram devem ser obtidos das áreas cervicais, uretrais, retais e a partir da faringe. Uma culdocentese, com exame do líquido obtido, pode ajudar no Dx diferencial, bem como na identificação dos microrganismos envolvidos. A laparoscopia deve ser realizada se houver dúvida sobre o Dx por qualquer razão; é também útil no Dx diferencial.




Tratamento

A salpingite aguda necessita de tratamento imediato e vigoroso para interromper a infecção e impedir a infertilidade. Os ATBs devem ser introduzidos logo após a obtenção das amostras para cultura e testes de sensibilidade, sem se esperar pelos resultados destes estudos. Se a paciente puder ser tratada ambulatorialmente (achados discretos) a terapia apropriada inclui cefoxitina + probenecida seguidos de doxiciclina. Como alternativa, ceftriaxona + probenecida seguidos por doxiciclina. As pacientes devem ser acompanhadas por 48h; se não houver melhora, devem ser internadas.

A terapia ideal para pacientes internadas costumeiramente são ATBs combinados para controlar a infecção o mais rápido e completamente possível porque a infertilidade Ý com o grau de inflamação. O CDC recomenda 2 esquemas – cefoxitina + doxiciclina ou clindamicina + gentamicina.

O tratamento adequado de mulheres com salpingite aguda precisa incluir exame e tratamento dos contatos sexuais, muitos dos quais podem se revelar portadores de uretrite assintomática.